quarta-feira, março 25, 2009

A mulher do saco

Antes assustava-se as criancinhas que não queriam comer com o homem do saco. É como eu me sinto. Não o homem do saco, mas sim a mulher do saco. Passo a vida entre a casa dos pais do meu marido e a casa da minha mãe. Saco para ali, saco para aqui. O saco com os biberãos e o leite, o saco da roupa dele, o dela, o meu, a espreguiçadeira, a máquina dos aerossóis, a minha cartreira, um ovo na mão e uma miúda pela outra mão. É curioso que ainda consiga ter uma posição parecida com a do homo erectus. Perguntam-me porque é que não vais para a tua casa? Ou então porque não ficas num sítio só? Ora isso é demasiado fácil para mim e eu não gosto cá de facilidades. Gosto de complicar! Na minha casa não estou bem porque estou sozinha e isolada com dois catraios, já para não falar na humidade toda que significa viver em frente do mar (ai é tão bonito dizem as pessoas.... pois é vão lá tentar dormir quando o mar está revolto e a 50m do quarto onde dormes). Na casa da minha mãe não dá porque fica a 1h da escola da Clara, e eu adoro a minha filha mas nem pensar em ficar em casa com os dois! O pé de atleta não me deixa ficar em casa dos meus sogros quando os surtos são maiores tenho vontade de correr até à Bobadela. Nunca estou bem em lado nenhum. Ou por outra, eu estaria bem se o bixo cá estivesse e nós estivessemos na nossa casa. Enquanto isso não acontece, vou treinando para o concurso de miss fitness que acontece lá no barracão do grupo recreativo e desportivo dos casquilhos na semana da Páscoa.

1 comentário:

Paula disse...

Sinceramente gabo a tua paciência! ;O)
Beijo gde e força amiga!